No sol do sertão
Na terra rachada
O homem lamenta
A seca chegada
Lamentos profundos
de dor sem medidas
O povo de Deus, geme
sem encontrar saída.
Vê o gado caído
No chão a sofrer
Por falta da água
Todos podem morrer
No braço da mãe
A criança desnutrida
Chora clamando
por água e comida
E ela sem forças
Triste a pensar
O que dar a seus filhos
Pra fome matar
O pai amargurado
Anda de lá para cá
Pensando num modo
Da fome sanar
A desilusão do sertanejo da dó
Vê sua família, aos poucos morrendo
Sem pasto ,sem flora,
Sem água ,sem vida, sem história
E assim o retrato da desolação
Se espalha pelo sertão
E tanto no rosto como no coração
O sertanejo implora à Deus
Chuva para o sertão.
Evelyne Britto
Escrito dia 19/02/2013
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