domingo, 31 de março de 2013
Águas tranquilas do amor
No palco vazio da vida
Sou mais um figurante errante
Que se escondeu no anonimato
Aguardando que um dia
Tivessem enxergado os talentos meus
Percebi que no universo da vida
Nem todos nascem pra ser estrela
Vivem sem luz, sem voz e sem cor
E é assim que despercebida
Vagueei qual alma perdida
Carregando nos ombros o peso da minha dor
E fui seguindo nos trilhos da vida
Me equilibrando para não cair
mais da vida agora vou me despedindo
Mergulhando nas águas tranquilas do amor
Elas lavam minha alma sofrida
Purificando para esquecer da dor
Sinto-me cansada
É como se a hora da partida
estivesse se aproximando
Não sinto medo
Porém sinto saudades
E as águas me envolvem por completo
É uma sensação estranha
Não sinto frio nem calor nem temor
Me sinto como a brisa do vento
E vou seguindo flutuando, envolta nas minhas lembranças
E começa uma viagem no tempo
Que me transporta do passado ao presente
Da criança inocente a jovem sonhadora ,
mulher madura me tornei
E no filme da vida
De filha, irmã, mãe e vó fui deixando me envolver
De muitos já me despedi
E de outros ainda vou
Uns ainda desejo abraçar e sentir o calor do seu olhar
Pra outros não mais terei tempo
Mais os levarei na lembrança que ficou
Muito em breve
Neste palco,não mais estarei
Do camarote assisto cada um saindo de fininho
E silenciosamente vou me despedindo
Agradecida a todos que fizeram parte de minha vida.
e então mergulharei
Nas lindas águas do mar da vida
Evelyne Britto
31/03/2013
Lamentos do Sertão
No sol do sertão
Na terra rachada
O homem lamenta
A seca chegada
Lamentos profundos
de dor sem medidas
O povo de Deus, geme
sem encontrar saída.
Vê o gado caído
No chão a sofrer
Por falta da água
Todos podem morrer
No braço da mãe
A criança desnutrida
Chora clamando
por água e comida
E ela sem forças
Triste a pensar
O que dar a seus filhos
Pra fome matar
O pai amargurado
Anda de lá para cá
Pensando num modo
Da fome sanar
A desilusão do sertanejo da dó
Vê sua família, aos poucos morrendo
Sem pasto ,sem flora,
Sem água ,sem vida, sem história
E assim o retrato da desolação
Se espalha pelo sertão
E tanto no rosto como no coração
O sertanejo implora à Deus
Chuva para o sertão.
Evelyne Britto
Escrito dia 19/02/2013
Minha Mãe
Minha mãe é um presente que Deus me deu para minha santificação. Todos os dias vencemos barreiras umas mais fácil outras bem difícil, mais Deus tem me dado sabedoria e amor e é com este amor que nossa família tem se tornado cada dia mais especial e importante pra mim.
Obrigado Deus por tudo
Evelyne Britto 2013
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